Crescer nos mostra o quanto a vida adulta é menos certa do que achávamos que seria. 

Caminhar com as próprias pernas, transformar a solidão em solitude e lidar com a consistência – em meio a tantas que imaginávamos na infância e adolescência – da incerteza.

Rememorar é dar de cara com a sensação de que seus pais saberiam o que fazer nessa situação – ou talvez escondessem que não sabiam tanto quanto você. É caminhar na corda bamba do medo do que será e da vontade imensa de que seja como se planejou. Adultecer são os primeiros passos rumo a ideia permanente de que precisamos ter pele elástica para adaptar-se ao que quer que venha. 

A vida adulta é tão menos adulta do que parecia enquanto crescíamos, não é? E nem falo do tanto da criança que você foi que ainda carrega consigo na caminhada. É entender que se deve navegar, com expectativa e vontade, em meio ao mar de possibilidades  do que se quer ser com o que se é agora e acostumar-se com a ideia de que ainda que tudo seja diferente, há a chance de encontrar magia no desconhecido.

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